Declínio.



O tanto de egoísmo que a espécie humana é capaz de acumular é totalmente irreciclável,desprezível e nojento.Todos estamos numa reta perpendicular pra baixo que nos leva ao próprio genocídio em massa;ao próprio suicídio...Como uma pedra de urânio;bonita,com seu brilho radioativo e fluorescente;mas mortal,cancerígena,venenosa.A humanidade é venenosa.Corrompe,destrói,reconstrói,ama e odeia,faz e desfaz.Corrói o próprio ser de sapiência absoluta convencendo-se de que é este ser.
Fez-se escravo,fez-se livre,submeteu-se,aquietou-se,guerreou-se,morreu-se,viveu-se.
Desde o primeiro passo,o ser humano já estava condenado à sua própria liberdade.



*Foto tirada pelo automático.
*Câmera minha.
*Mas a criatividade e a imagem do menino lindo da foto são de Dante Hora <3 .

O Adeus da Espera


Prendo nesta garganta desalento,
Cuspo neste chão alegria de outrora
Então,como que jogando-se ao vento
A minha sanidade vai-se embora.

Dentro de mim há o casto tormento
De querer tua boca!Sabor de amora...
Guardo em mim este suave momento
Enquanto tu vens e joga-me fora...

Deito sem descanso em lençóis de espuma
Esperando sempre a mão que me salva
Esta espera de morte!Antes que eu suma...

...Crisântemos chorarão tanta mágoa!
Névoa se esvai como fumo e pluma
E minh'alma afoga-se dentro d'água...

isto é um soneto,metrificadinho.e eu que fiz ;$ -Mandii.

Elisa.




Olhei no fundo do branco que eu não podia ver.
O branco vazio.
O branco-branco.
Entreguei as últimas palpitações em meu pulso pela causa de um branco,um vazio.
Ela.
Parecia ser de açúcar.Branca como açúcar.Mas não era doce.
Estava morta.
Sorria com os olhos acinzentados que não piscavam.Deles derramara veneno.Podia sentir o cheiro de tristeza nas lágrimas de ácido carbônico.
Ela chovia desgraça;falava baixinho,mas nunca tinha ninguém em casa.Vivia de brincadeira pra esconder de si a verdade...A verdade que ela não nascera para viver,para continuar,para seguir um curso.
Melancolia?Era apaixonada por ela.Vivia à beira do abismo só para tentar beijá-la.Não pensava em futuro,ou presente.Sua vida atara-se ao antes,o passado,que morrera nos braços de uma funesta esperança.
Foi,então,a primeira a descobrir o vermelho.Viu-o pingando por entre os dedos e batizou-o de sangue.
Amou-o mais de uma vez.Gostava dos contrastes,das dores.Um paralelo.De quando em quando,via-se deitada,a barriga no assoalho gelado,o ventre nu,a respiração forte e seca,condenando-a.Deitada e só,ele estava inerte,dentro dela,recluso,até ela se cortar de novo.Dela,se aproveitaria apenas o som de seu silêncio.Eram seus olhos que sabiam gritar.
É agora,em seu fim,que eu a conheço.E ela,tão bela,por entre flores mortas que apodrecem seu perfume,nem notava meu eu,a chorar os olhos pra fora em sua boca que nunca tinha me dito nada.


Desculpa a demora para postar algo aqui...estou num momento um tanto quanto tedioso,e não consigo escrever uma linha sequer.Achei este texto e resolvi publicá-lo,para vocês.Espero que seja do agrado.
Amanda.