Para meu anjo de cera.
O céu de domingo chovia um oceano de lágrimas.Estas esborrachavam-se nas sacadas dos prédios,nos ombros dos desavisados,dos olhos dos desentendidos.Esbarraram-se em nós. Enterraram-se em nós. Ninguém via que aquele céu líquido estava prestes a se quebrar.Desabavam-se pedaços dele no seu corpo miúdo.Ali no canto estava ela. De branco.Tão casta...!Fingia que era o vento. Via-se como um dos grandes erros de Deus. Fingia-se de morta... ...Conseguia. E lá fora,além das sacadas de prédios e sobras de telhado pelas quais ela se escondia,o céu de domingo chovia lágrimas de chuva: um infinito oceano acinzentado numa cidade gelada de cimento. Desabou! uma lágrima amarela despencou. Recaíra ao estado de catatonia sonolenta que dispensava a necessidade de respirar. Ela dizia que nunca deixaria de ser a menina que tinha as duas mãos esquerdas. De tanto fingir-se de morta,ela morreu. Nenhum lexotan a tiraria dali.
Minha Tai,meu anjo de cera. (:
Planejei enviar o original pra você antes de postar aqui,e isso há muuuito tempo,desde aquela briga...só que carta dá preguiça e blábláblá...Enfim,táqui.
amo.
e sei que a recíproca é verdadeira.
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5 comentários:
Poxa, muito bom!! Bom mesmo!!! Me lembrei de uma música lindissima...
"Ela vem toda de branco, toda bonita e despenteada, que maravilha, que maravilha é o meu amor.."
Dá-lhe Jorge Ben! :D
Muito bom amanda, posta maiss!
beijo
A minha namorada sabe tanto português e gramatica (:
eu te amo amor, esse ficou lindo ♥
Muito bem que talento maravilhoso, o dom de escrever!!!filha inteligente,amada..escolhemos bem seu nome. Te amo muitoooo...
mamãe
Desculpe filha, mas não resisti e li o que você escreveu com sua senha hehheehe...
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